Passiflora edulis Sims. (Maracujá).

2.4.11 - Passiflora edulis Sims. (Maracujá).

2.4.11.1 - DESCRIÇÃO
Trepadeira vigorosa com gavinhas. Perene e lenhosa.
Folhas alternas, trilobadas, com duas pequenas glândulas nectaríferas na base do limbo, próximas a inserção do curto pecíolo.
Flores perfumadas, de cor branca, sendo azul-violeta na parte interna nas pétalas e roxa na corona (conjunto de filamentos da base dos órgãos sexuais).
(Matos, F.J.A., 1994; Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

* Ver fotos no anexo.




2.4.11.2 - USOS
a) Calmante útil no tratamento de manifestações nervosas, inquietação, irritação freqüente e insônia.
As folhas são usadas na forma de chá na dose de 4 a 6g por xícara. Toma-se uma ou duas xícaras por dia, de preferência à noite (Matos, F.J.A., 1994).
O chá utilizado é do tipo cozimento (decocto) e para prepará-lo, põe-se a ferver em recipiente descoberto 3-4 folhas frescas (10 g) bem picadas, ou 3-5 g do pó de folhas dessecadas, em água suficiente para uma xícara (150 ml); toma-se uma xícara à noite para induzir o sono ou duas a três xícaras ao dia como tranqüilizante, por períodos nunca superiores a uma semana (Lorenzi, H. et al., 2002).
Suco do fruto: dois a três maracujás em um litro de água. Tomar um ou dois copos por dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008). Acredita-se que o fruto possua propriedades calmantes (Wikipedia, 2008).
Infuso: quatro a seis gramas de folhas verdes em uma xícara de água fervente, tomar uma ou duas xícaras por dia, de preferência à noite (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
Tintura: 100g de folhas frescas em 500 ml de álcool puro. Tomar uma xícara (chá) ao dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008).

b) Tratamento de Diabetes
Pegue o maracujá corte-o, use apenas a casca, coloque-o no forno asse-o em forno médio depois triture-o em um liquidificador até que vire um pó, tome uma colherinha de chá misturado ao suco ou nas refeições três vezes ao dia. Pode ser no café da manhã, almoço e jantar, não esqueça de estar sempre acompanhado de um profissional na área (Ache tudo e região, 2008).

*Os efeitos calmantes da planta, especialmente em quadros insones e ansiosos, foram confirmados pelo Ministério da Saúde. (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

2.4.11.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Por causa do risco de intoxicação não se deve ultrapassar a dose indicada e o tratamento deve ser feito durante poucos dias (Matos, F.J.A., 1994).
Um constituinte cuja presença foi determinada por sua análise fitoquímica é a cardioespermina, um glicosídio cianogênico considerado inócuo (inofensivo) quanto ao efeito sedante, porém que transforma em ácido cianídrico tóxico por hidrólise (Lorenzi, H. et al., 2002), que causa distúrbios no SNC, alterações do nervo ótico e perturbações gastrointestinais. Na intoxicação aguda, observa-se o aparecimento de tonturas, dor de cabeça, aumento da freqüência respiratória e cianose que pode ser seguida da perda de consciência e morte por anoxia (Programa Municipal Fitoviva, 2008). O que torna recomendável a fervura demorada do chá para eliminá-lo e evitar doses altas e, o tratamento repetido por longos períodos (Lorenzi, H. et al., 2002).
Deve ser consumido com cautela por pessoa com pressão arterial baixa. Quando usado em alta dosagem, pode provocar lesão no fígado (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

2.4.11.4 - CULTIVO
Originária da América do Sul; muito cultivada para produção dos frutos que são industrializados na forma de suco (Matos, F.J.A., 1994; Lorenzi, H. et al., 2002).
Comumente cultivado devido às suas flores ornamentais, frutos comestíveis e propriedades medicinais das folhas (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Adequada para cobrir cercas, pérgolas e caramanchões. (Jardineiro.Net, 2008).

PROPAGAÇÃO
Multiplica-se por estacas e principalmente por sementes. (Jardineiro.Net, 2008; Kindersley, D., 1984; Matos, F.J.A., 1994; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Afitema, 2007).

PLANTIO
O ano todo (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Guia Rural, 1990). Plantar em cercas ou em latadas, no mínimo dois pés, para garantir frutificação (Matos, F.J.A., 1994).

CLIMA
Quente e úmido. Suporta qualquer clima, mas desenvolve-se melhor em climas temperados. (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Afitema, 2007). Cultive em luz forte durante todo o ano. Deve receber três a quatro horas diárias de sol direto (Kindersley, D., 1984; Jardineiro.Net, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Gosta de dias compridos para produzir. Assim, no Centro-Sul, o período de inverno representa uma desvantagem, que as regiões mais ao Norte não têm (Guia Rural, 1990). A maioria das espécies não é tolerante ao frio e às geadas (Jardineiro.Net, 2008; Guia Rural, 1990).
Durante o período de crescimento ativo regue abundantemente sempre que necessário para manter a mistura completamente úmida, mas nunca deixe o vaso em água. Durante o período de repouso regue apenas o indispensável para impedir que a mistura seque (Kindersley, D., 1984; 20)

SOLO
Cresce nos mais diferentes tipos de solo, mas devem evitar os muito argilosos. O terreno precisa ser bem drenado, com acidez fraca e profundo (Guia Rural, 1990; Afitema, 2007; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).Necessário solo fértil com boa adubação orgânica, regada periodicamente para uma boa floração e frutificação (Jardineiro.Net, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

COLHEITA
Colhem-se as folhas na época da floração, os frutos maduros e as flores quando estiverem completamente abertas (Afitema, 2007). Segundo Almassy Júnior, A.A. (et al., 2005) colhem-se as folhas antes da floração.

PRAGAS E DOENÇAS
Pode sofrer as seguintes doenças: murcha fusariana, podridão-do-colo, antracnose e o mosaico transmitido por pulgões. As visitas indesejáveis são as moscas das frutas, percevejos, ácaros, lagartas das folhas, broca das hastes e vaquinhas (Guia Rural, 1990).

OUTRAS INFORMAÇÕES
Depois que a muda for crescendo, corte os ramos mais fracos, deixando apenas um ou dois, que posteriormente constituirão a haste principal. Arranje um bambu ou um galho para que ela se apóie até atingir a altura dos arames (Guia Rural, 1990; Kindersley, D., 1984), ou seja, fazer o tutoramento das plantas por cercas ou parreiras (Afitema, 2007).
Pode as plantas velhas tanto quanto for necessário e reduza todos os ramos laterais a um comprimento de 5 ou 8 cm (Kindersley, D., 1984). Pode perder a beleza e a saúde com a idade, requerendo o replantio (Jardineiro.Net, 2008).
Após a frutificação de cada ano, é conveniente se fazer uma limpeza, retirando as folhas, as ramas secas e aquelas que já frutificaram. Os frutos só aparecem nos ramos novos (Guia Rural, 1990).

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